Em uma pesquisa realizada por Brian Leiter no ano passado (2009), em seu blog que consta do link desta página, foi eleito o filósofo do direito mais importante do século XX. A lista de "elegíveis" começava com Dworkin e terminava com Ross, dando a possibilidade de votar em alguém que não "constava da lista acima". Ao todo eram nove nomes. Os resultados foram os seguintes:
1. Herbert Hart (55%)
2. Hans Kelsen (14%)
3. Joseph Raz (11%)
4. Ronald Dworkin (9%)
5. John Finnis (5%)
6. Someone not listed as a choice (3%)
7. Lon Fuller (2%)
8. Karl Llewellyn (1%)
9. Alf Ross (1%)
O resultado acima demonstra, com clareza, como a teoria do direito de língua inglesa difere da nossa. Uma eleição dessa natureza em um blog brasileiro
certamente traria resultados totalmente diferentes, como a inclusão de nomes como Alexy, por exemplo, que nem constou da lista. Mas o fato dos três primeiros colocados serem nomes diretamente ligados ao positivismo jurídico é algo que não passa despercebido. Eles juntos representam aproximadamente 80% do eleitorado (!), o que nos leva a acreditar na total ausência de semelhança entre o que se estuda, ensina e é apreciado na teoria do direito aqui e lá. Isso serve de aviso aos que propagam aos quatro ventos a "superação do paradigma positivista". Talvez aqui, mas não lá...