segunda-feira, 28 de novembro de 2011

John Rawls

John Rawls, que foi professor na Universidade de Harvard, publicou, no ano de 1971, um dos mais importantes livros de Filosofia Política de todos os tempos: Uma Teoria da Justiça (A Theory of Justice).
Além desse clássico, escreveu Liberalismo Político (Political Liberalism), O Direito dos Povos (The Law of Peoples), História da Filosofia Moral (Lectures on The History of Moral Philosophy) e Justiça como Equidade: uma reformulação (Justice as Fairness: a restatement).



As ideias de Rawls inserem-se na tradição do contrato social de Locke, Rousseau e Kant. Rawls pensa que se as pessoas tiverem de escolher os princípios de justiça sem saber como poderão ser por eles afetados, escolherão princípios justos. Imagina, assim, uma experiência mental em que todas as pessoas se encontram numa «posição original» sob um «véu de ignorância», isto é, em que desconhecem quais as suas aptidões, posição social, riqueza, religião e concepção de valor e de bem. Nesta situação, pensa Rawls, as pessoas chegarão por um contrato social hipotético àquilo a que chama justiça como equidade. Esta concepção de justiça é expressa por dois princípios, um que garante liberdades básicas iguais para todos – como as políticas, de expressão e reunião, de consciência e de pensamento, etc. –, e outro que estabelece que as desigualdades devem ser distribuídas de forma a beneficiarem todos e que devem decorrer de posições e funções a que todos tenham acesso. Este último princípio implica que a riqueza seja distribuída de modo a fazer com que os que estão em pior situação fiquem tão bem quanto possível. Uma sociedade justa será liberal, democrática e um sistema de mercado no qual se procede à distribuição da riqueza e em que pessoas com capacidades e motivações iguais têm possibilidades iguais de sucesso, independentemente da classe social em que tenham nascido

Fonte: Dicionário Escolar de Filosofia, Org. Aires Almeida, Plátano, 2003

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